Tecnologia educacional – O que as famílias tem a ver com isso?

Em parceria com a escola, os pais procuram dar as melhores orientações e oportunidades para que seus filhos se desenvolvam plenamente e possam escolher que caminhos trilhar acadêmica e profissionalmente.

Não tem sido uma tarefa fácil nem para pais nem para a escola, parte das dificuldades deriva da intensidade e velocidade das mudanças da sociedade, da cultura e do conhecimento.

Há grandes transformações ocorrendo e que impactam a vida de todos. Os avanços tecnológicos, por exemplo, trazem muitos desafios, mas também oportunidades: o acesso, amplo e irrestrito, à informação – por diferentes meios e formatos -, as novas maneiras de relacionamento e comunicação entre os homens e as novas exigências do mercado de trabalho são elementos que devem ser considerados ao se pensar educação.

Dentro de sua função social, a escola é responsável por grande parte da aprendizagem e ensino, mas as famílias desempenham um papel essencial nesse processo. Tanto a escola como os familiares visam o mesmo objetivo: contribuir para que os alunos se tornem cidadãos globais, ativos e felizes na escolha dos caminhos que resolverão trilhar.

À escola cabe organizar seu currículo, redefinir papéis e sua práxis, de acordo com seu projeto educativo e compartilhar com os pais. A estes últimos confiar à escola a responsabilidade da formação que ambos acreditam.

Mas como se traduz isso na prática? Primeiramente, pelo entendimento de como a tecnologia se insere na escola e depois com a clareza dos papéis desempenhados pelos diferentes atores nesse processo.

Para simplificar a questão, utilizaremos a definição de nativos digitais, de Mark Prensky, para denominar os alunos que estão hoje na sala de aula e que convivem com a tecnologia desde que nasceram. A tecnologia lhes é muito familiar no âmbito social, mas não no acadêmico. Se comunicam, registram suas emoções e planejam sua rotina utilizando dispositivos móveis e aplicativos que modificam sua maneira de se relacionar com as pessoas e com a informação.

Quando a tecnologia entra no currículo escolar, ela vem com outra conotação, esses recursos devem estar a serviço da aprendizagem proposta no projeto da escola e esses nativos necessitam aprender a utilizar as mesmas ferramentas de diferentes formas e com outros objetivos. É uma nova alfabetização digital, da maneira que mesmo eles, sendo nativos da língua portuguesa, também, estudam a língua dentro de outras perspectivas.

A tecnologia educacional está a serviço dos objetivos traçados, nas situações em que cumprem melhor a função de desenvolver essas novas habilidades e competências exigidas na sociedade de hoje. Dito isso, o game, o celular, a internet, as redes sociais ganham novas nuances no espaço da sala de aula, diferente da comumente conhecida nos espaços extraescolar.

Os pais, ao terem consciência do trabalho realizado pela escola, dentro desta perspectiva educacional, se tranquilizam e contribuem para que esse processo flua naturalmente e os alunos se engajem mais aos estudos.

Então, que atitude é recomendável para os pais exercem frente ao uso da tecnologia?

Na esfera pessoal, conhecer as atividades sociais que seus filhos fazem utilizando tecnologia, orientá-los para que façam um uso ético e seguro dos recursos a que eles têm acesso, sempre a favor do seu bem-estar.

Na interface com a escola, como descrito anteriormente, conhecer a proposta de trabalho da escola do seu filho e colaborar para ela seja implantada com êxito. Se tens dúvida, procure a escola e entenda o que está sendo executado e o porquê.

Experiências no Brasil e em outas partes do mundo demonstram nitidamente os benefícios que a tecnologia pode trazer para a aprendizagem, então a parceria da família com as escolas tem resultado (alvo) certo: alunos mais preparados para enfrentar os desafios que o futuro lhes apresenta.

Solange Petrosino
Gerente de Serviços Educacionais
Editora Moderna​

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